O acordo sobre o congelamento do duodécimo da Câmara de Vereadores no orçamento de 2016, anunciado na tarde desta quinta-feira (15) pela Prefeitura de Maceió, é apenas uma peça a mais na crescente parceria política que tem sido notada entre o prefeito Rui Palmeira (PSDB) e o presidente do Legislativo Municipal, Kelmann Vieira (PMDB).
O discurso tem sido quase uníssono. Isto tem sido observado por onde passam os dois. E eles têm caminhado juntos em visitas públicas, inaugurações, eventos, numa perfeita dobradinha. Um repassa a bola pro outro fazer o gol.
Na questão do duodécimo, por exemplo, Rui Palmeira reclama que as receitas não têm crescido; que os cortes de recursos do Governo Federal têm sido constantes; e que em 2015 a crise nas finanças do município foi pior do em 2014. Nem precisava tanto para ter o apoio de Kelmann Vieira, que fala do momento difícil vivido pela economia nacional e dos seus reflexos nas finanças do município, e já antecipa:”Os 21 vereadores entendem essa situação e apoiam o congelamento do duodécimo”.
Pelo projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) entregue pelo prefeito ao chefe do Legislativo hoje à tarde, o duodécimo da Câmara fica congelado no mesmo valor executado em 2015: R$ 55 milhões.
E assim será em 2016.
Pelo jeito, Rui Palmeira e Kelmann Vieira afinaram bem a dobradinha administrativa.
E o discurso político também.