18 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Doenças ocupacionais afastaram mais de 2.700 alagoanos do trabalho

Enfermidades resultaram na licença momentânea por vários dias e, em casos extremos, até meses

As doenças ocupacionais são cada vez mais frequentes e estiveram no topo do ranking de enfermidades que afastaram os profissionais alagoanos dos postos de trabalho em 2017. Conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), esse problema afastou 2.706 trabalhadores, de janeiro a dezembro do ano passado. Algumas doenças resultaram na licença trabalhista momentânea por vários dias e, em casos extremos, até meses.

Fotos: Carla Cleto

A doença ocupacional é aquela em que o trabalhador ficou exposto a agentes nocivos para sua saúde, sem que houvesse a proteção necessária, ou ainda mesmo com a proteção. O grau de exposição foi acima do tolerável por lei, em períodos longos, médios ou curtos e as doenças ocupacionais podem demorar anos para se manifestarem. Mas, quando o fazem, a situação já está crítica.

Entre os muitos agravos que acometeram a saúde dos trabalhadores de Alagoas, destacaram-se os acidentes, provocados por lesão corporal ou perturbação funcional que causaram a morte, a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Os acidentes de trabalho grave, que resultaram em mutilações ou que acometeram menores de 18 anos, lideraram a lista, com 978 notificações, no total.

Em segundo lugar, foram os acidentes de trabalho com exposição a material biológico, com 805 casos e, por último, 201 notificações de acidentes por animais peçonhentos relacionados ao trabalho. No mesmo período de 2016, foram confirmados 544 casos por acidentes de trabalho grave, 928 casos por acidentes de trabalho com exposição biológica e 94 casos de acidentes por animais peçonhentos relacionados ao trabalho.

LER/DORT

Além disto, a dermatite de contato, a lordose, os transtornos mentais e as Lesões por Esforços Repetitivos ou Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT) também estiveram entre as principais doenças que acometeram os trabalhadores alagoanos em 2017. Essas doenças representaram diversos problemas às empresas, a exemplo de altas despesas, desde custos médicos e indenizações aos trabalhadores e famílias, até perda de produtividade e desgaste da imagem das corporações.