23 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

É a crise! Reajuste do Legislativo municipal será de apenas 3,5%

Percentual é equivalente a cerca de um terço da inflação do período.

Foto: Assessoria da Câmara
Foto: Assessoria da Câmara

Ainda não está definido. Mas a Câmara Municipal de Maceió aprovou, nesta quinta-feira (19), em primeira discussão, o Projeto de Lei 77/2016, de autoria da mesa diretora, que concede reajuste salarial de 3,5% a todos os funcionários efetivos do Poder Legislativo. Para entrar em vigor, o PL vai ter, ainda, que ser submetido a uma segunda discussão em plenário, o que está previsto para a próxima terça-feira (24).

O percentual fica longe de repor a inflação do período. Na verdade, fica em torno de um terço do índice inflacionário, o que deixa os trabalhadores em situação de perda salarial; de poer de compra. Mas para o presidente da Câmara, vereador Kelmann Vieira (PMDB), embora reconheça que o percentual fica muito abaixo do que pleiteavam os servidores e do que a própria mesa diretora gostaria de conceder, dentro do processo de valorização do funcionalismo da Câmara. Mas, com o duodécimo deste ano ficou congelado e o município enfrentando dificuldades financeiras, O aumento foi definido com muita responsabilidade.

“O percentual está dentro da nossa capacidade de comprometimento financeiro”, explicou Kelmann Vieira. Ele disse ainda que projetava uma folga de caixa, com a concessão de aposentadorias pelo Instituto de Previdência do Município (Iprev), o que permitiria conceder um percentual maior. “Isso acabou não acontecendo, pelo menos no volume de aposentadorias esperado”.

Mesmo que consigam, ainda, reverter o índice discutido na Câmara, os servidores do Legislativo , a exemplo da maioria das categorias salariais do serviço público ficarão longe de conseguir repor a inflação. Com um percentual de 4,5%, em duas parcelas – de 2,5% incorporados em maio, e outros 2% em novembro – os servidores da Prefeitura de Maceió encerraram a greve nesta quinta-feira. Servidores do Estado ainda não fecharam acordo, mas não devem avançar muito mais que isso. Os policiais civis, por exemplo, retornaram ao trabalho depois de quase um mês de paralisação, sem reajuste.