A segunda-feira, 09, amanhece alvirrubra. O regatiano anda pelas ruas cantarolando: “vermelho é a minha cara, sou da Pajuçara, sou CRB”. É uma atrás da outra: “galo eu te amo, sou apaixonado por você”…
E não poderia ser diferente. Com muita justiça o CRB faz uma exibição de gala, exatamente na finalíssima do campeonato alagoano e vence o CSA por 3 a 2, calando um estádio pintado de azul e branco que chorou a derrota impiedosa.
Não foi pra menos. Os azulinos, donos do mando de campo, com torcida única, choraram do começo ao fim. Eles precisavam ganhar de dois a zero e viram o CRB abrir o placar com o zagueiro Adalberto numa cabeçada fulminante. O bom goleiro Mota da meta azulina nem viu por onde a bola entrou. Aliás, ele parece que nem jogou. Não pegou uma sequer.
Bola pra frente. De repente, uma falha de marcação regatiana e os azulinos empatam para animar a torcida. Ah, mas o galo estava demais e Maílson logo faz 2 a 1, jogando um balde de gelo nas pretensões azulinas.
No bar ou no sofá de casa o regatiano se entregou à alegria. Encheu-se de orgulho diante da competência de sua equipe. Competência, afinal, que deixou para demonstrar exatamente na duas partidas finais do campeonato, principalmente nesta. Foi bonito de ver o galo arrebentar o azulão, em pleno Trapichão. Pra deixar a rima.
E a emoção explodiu no belíssimo gol do carrasco azulino das finais. Ele, Neto Baiano, fez 3 a 1, com um golaço que merece uma placa no Rei Pelé. O céu logo se escondeu. As nuvens deixaram o azul cinzento, diante do choro incontrolável dos marujos. Que, aliás, até diminuiram o placar em uma falha do goleiro regatiano.
Daí para frente foi só carnaval. O galo foi superior em tática de jogo, em jogadas ensaiadas, em controle de bola e no placar. O galo, orgulho do torcedor regatiano, voou alto e mereceu o tricampeonato. Os azulinos vão completar 10 anos sem ganhar nada.
Agora, segunda-feira, 10, bote aquela camisa vermelha e vamos às ruas desfilar o orgulho de ser regatiano.
Salve galo!