O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) começou a reagir ao isolamento político e passou a atacar os antigos aliados que o apoiavam e, quando ele mais precisou, o abandonaram na reta final da votação que decidiu pela perda do seu mandato, no último dia 12.
Em entrevista pelo telefone nesta quarta-feira (21) à Rádio Correio, de João Pessoa, com abrangência a mais de 20 municípios, Cunha chamou os deputados paraibanos Manoel Junior (PMDB), Efraim Filho (DEM) e Aguinaldo Ribeiro (PP) de “covardes” e “hipócritas” por terem decidido de última hora votar por sua cassação.
Os três atuaram ao lado de Cunha nos últimos meses, principalmente durante o processo de impeachment que culminou no afastamento definitivo de Dilma Rousseff.
Em uma entrevista de meia hora Eduardo Cunha disse que sua cassação teve a participação do presidente Michel Temer. Segundo a interpretação do ex-deputado, Temer atuou para eleger o novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com o objetivo de cassá-lo.