26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Bleine Oliveira

Eike é preso e diz que empresários são vítimas dos políticos

“Tem de se mostrar o que é. Está na hora de ajudar a passar as coisas a limpo”, disse o empresário Eike Batista, que já foi apontado como o homem mais rico do Brasil, pouco antes de ser preso, no domingo, 29, ao desembarcar no Rio de Janeiro.

O ricaço voltou de Nova York (EUA), para onde seguiu na semana passada, coincidentemente poucos antes de ter sua prisão decretada na Operação Eficiência, segunda fase da Calicute, o desdobramento da Lava Jato no Rio.

Com a prisão passou a ser foragido, e caçado pelo Interpol.  Aí negou que estivesse fugindo, e que fosse seguir para a Alemanha, onde tem cidadania, o que impediria sua deportação.

De tudo isso, da viagem e do badalado retorno, inclusive com registro na televisão, o que mais importa é o que Eike Batista vai dizer.

Vai admitir que pagou propina ao ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB)? E a quem mais?

A imprensa nacional revela que Eike deu pistas de como vê os crimes de que foi acusado. Segundo o ricaço, o esquema de corrupção dos governos é maior do que se imagina.

Disse mais: não oferecia carona para governantes em seu avião – “os políticos que o pressionavam a fazer isso”.

E pra fechar as primeiras declarações, o ex-foragido afirmou que “em geral, os empresários são vítimas dos políticos corruptos”.

Se for assim, se não errou, é chegada a hora de Eike revelar o que viu e viveu na sua estreita relação com políticos e governantes.

Para, como ele mesmo afirmou, limpar o Brasil!

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