28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
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Eleições 2016: Semana de decisões movimenta partidos e filiados

De olho nas eleições do próximo ano, os políticos se debruçam, nos próximos dias, no campo das decisões sobre filiação partidária. Pela legislação em vigor, o prazo para escolher um partido com direito a disputar a eleição em 2016, para prefeito ou vereador, termina no próximo dia 3.

De olho nas eleições do próximo ano, os políticos se debruçam, nos próximos dias, no campo das decisões sobre filiação partidária. Pela legislação em vigor, o prazo para escolher um partido com direito a disputar a eleição em 2016, para prefeito ou vereador, termina no próximo dia 3. A menos que a presidente Dilma Rousseff sancione o projeto de mini-reforma aprovado no Congresso, que reduz para seis meses o tempo de filiação a um partido político, para disputar eleição.

Em todo caso, a maioria já se organiza, deixando a mala arrumada e a passagem reservada para outro partido. Alguns, por insatisfação, outros, por acomodação política, o movimento de troca de partido deve esvaziar algumas siglas desgastadas, como o PT, e engrossar outras, sobretudo as recém-criadas, como o Solidariedade, de Marina Silva.

E de olho nessa movimentação, a ordem, na sede dos partidos, é ir à caça de filiados, engrossar fileiras, conquistar reforço para fortalecer a legenda. Valem plantões de filiação, carro de som nas ruas, visitas ao interior e até promessa de cargos diretivos nas legendas, e de candidaturas majoritárias, para aqueles mais aquinhoados eleitoralmente.

QUEM SAI

O deputado Ronaldo Medeiros já sinalizou que pode deixar o PT. “Às vezes não é a gente que sai do partido. É o partido que sai da gente”, disse ele, dias atrás, em conversa informal. Se vai mesmo sair, ele ainda não decidiu, mas não esconde seu incômodo com a situação atual do partido.

Potencial candidato às eleições majoritárias do próximo ano, sondado por alguns partidos, o ex-deputado Judson Cabral não diz que sim nem que não, pelo menos por enquanto. “Não vou tomar nenhuma decisão nesse prazo (até o dia 3)”, diz ele, sem muita conversa.

No PRTB, Cícero Almeida já deu demonstrações muitas de que não está mais à vontade no partido que o elegeu. Mas não quer correr o risco de perder o mandato. Sem chance de ser ‘liberado’, vai aguardar até a última hora uma janela de saída, para uma legenda que lhe garanta a disputa majoritária da prefeitura de Maceió no próximo, nem que para isso precise ser expulso da atual legenda.

Galba Novaes também deve deixar o partido que o elegeu em busca de outra sigla, provavelmente um partido menor que lhe dê garantia de domínio, coisa que ele perdeu para Max e Marcelo Beltrão, no PRB.