Domingo, 13, às 11 horas da manhã. A manifestação contra o governo Dilma e o ex-presidente Lula na região mais valorizada de Maceió, a orla marítima, seguia seu rito de entusiasmo e barulho, enquanto silenciosamente uma língua preta e fétida dos esgotos dos famosos prédios da beira mar corria impunemente para poluir à praia.
Na manifestação estavam promotores, juízes, gestores públicos, entre outras autoridades que já convivem com esse mal maceioense há décadas. Olham, vêem, mas fazem de conta que nada acontece por que isso não lhes bate à porta.
A população usuária do lazer à beira mar é quem paga o pato, uma vez que tem a saúde exposta à contaminação do riacho de fezes e organoclorados por conta da inércia da gestão pública e da omissão das autoridades responsáveis por tamanha agressão à natureza.
Essa é uma peça histórica da vida maceioense que nunca mereceu passeata, nem qualquer tipo de protesto dos habitantes da orla.