27 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Empresários dizem a Meirelles que renegociação de dívidas é saída para retomada da produção

Como líder da indústria alagoana, José Carlos Lyra participou da reunião, em Brasília

Reunião dos presidentes de federações de industrias com Henrique Meirelles, Ministro da Fazenda. Brasília (DF) 24.01.2017 – Foto: Miguel Ângelo/CNI

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), empresário José Carlos Lyra de Andrade, participou, em Brasília, da reunião em que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou ao governo sugestões de aperfeiçoamento do Programa de Regularização Tributária. As propostas da indústria foram entregues nessa terça-feira, 24, aos ministros Henrique Meirelles, da Fazenda, e Dyogo Oliveira, do Planejamento.

Além do industrial alagoano, participaram da reunião os presidente das federações do Espírito Santo, Marcos Guerra; de Goiás, Paulo Afonso Ferreira; de Santa Catarina, Glauco José Côrte; do Paraná, Edson Luiz Campagnolo; da Bahia, Antonio Ricardo Alvarez Alban; e do Pará, José Conrado Azevedo Santos; e os senadores Cristóvam Buarque (DF), Marta Suplicy (SP) e José Medeiros (MT).

A principal proposta da indústria, revelou o dirigente da Fiea, é a redução das multas, dos juros e dos encargos na consolidação das dívidas fiscais das empresas. Para o empresariado, se o governo não reavaliar as penalidades, dificilmente as empresas vão aderir ao programa.

Lembrando que muitas empresas estão sendo penalizadas pela crise econômica, José Carlos Lyra apontou o refinanciamento das dívidas tributárias como caminho para que se recuperem e voltem a ter capacidade de operação. “O governo precisa ajudar o setor produtivo, permitindo a renegociação das dívidas tributárias. É um meio de recuperação da economia”, afirmou o líder da Indústria de Alagoas.

No encontro com os ministros, os empresários destacaram a necessidade de convalidação dos incentivos fiscais do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Para a indústria, a confirmação dos incentivos, prevista no Projeto de Lei Complementar 54/2015, é importante para dar segurança jurídica às empresas, manter o equilíbrio econômico-financeiro dos projetos existentes e a estabilidade para atração de novos investimentos.

O encontro serviu ainda para que os empresários solicitassem informações sobre a reforma tributária que o governo estaria preparando. Ressaltando que, como sempre ocorreu, a indústria está aberta ao diálogo e pede que suas sugestões sejam analisadas pelo governo.

Segundo José Carlos Lyra, os dirigentes da CNI consideraram positivo o encontro com os ministros e equipe da área econômica. “Ouvimos deles que a preocupação do governo não é apenas arrecadar, mas fazer o país voltar a crescer”, revelou o presidente da Fiea.