23 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Bleine Oliveira

Epidemia na rede

Com Wagner Melo

Não gosto de “correntes” em redes sociais. Apesar de ser um instrumento poderoso de informação, que nos ajuda a encontrar pessoas e a nos comunicar com grande facilidade, as redes podem prestar um desserviço, ou melhor, prestar um serviço ao terror, se mal utilizadas.

Vide a última corrente, que ainda circula, e aterroriza a todos com o prenúncio de um surto apocalíptico de meningite em Alagoas. Por ingenuidade ou voluntarismo, muita gente que recebeu este “aviso” compartilhou-o nas redes sociais, espalhando medo e preocupação desnecessários.

A situação tomou tal proporção que mobilizou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que teve que emitir nota para tranquilizar a população.

No texto, o órgão garante que a situação da meningite em Alagoas está sob controle. “De 1º de janeiro até 9 de junho deste ano, foram confirmados seis casos da doença meningocócica, contra 14 casos do mesmo período do ano passado, o que representa uma redução de 58%. Não havendo, portanto, mudança significativa no padrão do comportamento da doença. Os casos são oriundos de diferentes municípios e, mesmo os de Maceió, estão dispersos não caracterizando surto da doença”, explica a Sesau.

A secretaria informou que monitora os casos suspeitos e confirmados no Estado e tem adotado medidas para promover a “quebra da cadeia de transmissão da doença, com a finalidade de evitar casos secundários, surtos e epidemias”.

Portanto, tenhamos cautela na hora de compartilhar conteúdos suspeitos e informações de fontes duvidosas. O Facebook ou o Whatsapp não vão doar R$ 0,10 por cada compartilhamento de fotos de pessoas estraçalhadas ou gravemente doentes. Contribua para um mundo virtual melhor. Punossasinhora!