18 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Blog

Escolhido para coordenador da AGU, ex-ministro da Justiça enfrenta novas barreiras

Categoria considera retrocesso colocar no cargo de Advogado Geral da UNião, alguém que não é membro da advocacia pública federal

Isolado, criticado dentro do PT e apontado como uma espécie de ‘fogo amigo’ pela base aliada, o petista Eduardo Cardozo não teve alternativa, a não ser deixar o Ministério da Justiça, onde estava desde o primeiro mandato da presidente Dilma.

Mas não deu, ainda, muitos passos para longe do governo. Ele deverá comandar a Advocacia Geral da União (AGU), o que não é pouca coisa. O problema é que, se depender dos ânimos por lá, não vai demorar muito para o ex-ministro esbarrar em mais um processo de rejeição.

A indicação do seu nome para  o cargo já gerou o maior reboliço. O Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda (Sinprofaz) e outras entidades afins manifestaram repúdio à forma como se deu a escolha para o dirigente maior da AGU.

Elas já haviam manifestado, dias atrás, por meio de carta à presidente Dilma, a intenção de que a escolha recaísse sobre nomes sugeridos pela própria categoria, em lista tríplice. A consulta foi feita entre os dias 15 e 25 de fevereiro, e o nome de Cardozo não está entre os três indicados, que são: Lademir Gomes da Rocha (Banco Central do Brasil), Galdino José Dias Filho (Procurador Federal) e Carlos Marden Cabral Coutinho (Procurador Federal).

A lista foi ignorada pelo governo.

Pior que isso, a categoria queixa-se de que a escolha feita pela presidente Dilma  tenha observado apenas o critério polítco. Cardozo não integra as carreiras que compõem a AGU. É um estranho no ninho, e como tal, tem na sua direção, o olhar desconfiado da categoria.”Trata-se de um retrocesso inaceitável”, afirma o Sinprofaz, no documento emitido, que diz mais: 

“Em seu atual estágio de mobilização e conscientização, os membros da Advocacia Geral da União insistem em repudiar uma nomeação que atropele a lista tríplice, notadamente para que a instituição seja chefiada por alguém que não é membro da advocacia pública federal.”

Tem bronca por aí…