16 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Estado discute com o MST a reforma agrária nas terras do grupo João Lyra

Debate aconteceu nesta segunda-feira na sede do Iteral

As terras das usinas Guaxuma e Lajinha, empresas da massa falida do Grupo João Lyra voltaram a ser discutidas nesta segunda-feira, 19, com os representantes dos movimentos sociais, principalmente as lideranças dos trabalhadores sem terra.

Terras da massa falida vão para a Reforma Agrária

A discussão foi feita pelo governo do Estado por meio do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral). Os sem terra querem a aquisição das terras das usinas para realização da reforma agrária.

No encontro, o diretor presidente do Iteral, Jaime Silva, destacou a sua preocupação com o cumprimento do acordo firmado em junho de 2016, no Tribunal de Justiça (TJ), entre a administração da massa falida, o Governo de Alagoas e movimentos sociais que estão acampados há vários anos nas áreas. Na ocasião, foi aprovado o repasse de 1.500 hectares de terra em troca da quitação das dívidas.

A interlocução com os administradores da massa falida estava tramitando normalmente, porém, durante o início da análise do encontro de contas, a gestão foi alterada, o que dificultou o diálogo e desencadeou retrocesso.

Segundo o presidente do Iteral, Jaime Silva, o  governador Renan Filho quer transformar as terras das usinas em um grande projeto de reforma agrária, assentando as famílias camponesas e, ainda, fazendo com que as usinas voltem a moer.

Na reunião também foi discutida a importância da realização de um seminário no próximo mês, com o objetivo de ampliar o diálogo sobre a agricultura familiar nas áreas da reforma agrária no Estado de Alagoas e a discussão de políticas públicas.

 O encontro contou com a presença das lideranças dos Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra (MST), de Libertação dos Sem Terra (MLST), de Luta pela Terra (MLT), Unidos pela Terra (MUPT), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Via do Trabalho e Terra Livre.