Mais de 400 profissionais participam da Fiscalização Preventiva Integrada do São Francisco da Tríplice Divisa (FPI), que envolve os estados de Alagoas, Bahia e Sergipe. Eles são promotores de Justiça, procuradores da República, procuradores do trabalho e técnicos de 56 instituições e entidades que decidiram formar uma grande força-tarefa na tentativa de salvar o rio São Francisco nos três Estados.
A operação da FPI também tem a missão de cuidar da saúde e da segurança do trabalho dos ribeirinhos e dos patrimônios natural e cultural dos municípios que integram a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
Nesta primeira FPI conjunta, os trabalhos serão coordenados pelas unidades do Ministério Público Estadual e Federal de Alagoas, Bahia e Sergipe e pelo Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Na metodologia de trabalho, cada estado estuda quais são os tipos de degradação ambiental mais comuns na sua região e, a partir daí, aponta os alvos que serão fiscalizados.
Início – A FPI começou em 2002, na Bahia, após os Ministérios Públicos e órgãos na Bahia constatarem diversas causas e danos que estavam contribuindo para a morte do rio e gerando um prejuízo gigantesco à saúde dos moradores que residem às margens do Velho Chico e nos municípios que fazem parte da Bacia Hidrográfica.
Inspirado nesse mesmo projeto, o Ministério Público Estadual de Alagoas resolveu também implantar uma FPI em 2014 e, neste mês de novembro, chega à 6ª etapa. Na sequência, Sergipe se juntou ao mutirão e hoje os Estados atuam irmanados no propósito de salvaguardar o São Francisco, o seu ecossistema e a vida de todas aquelas pessoas que, de uma forma ou de outra, dependem daquele curso d’água.
Em Alagoas, a FPI tem a coordenação da promotora de Justiça Lavínia Fragoso. Aqui os trabalhos são desenvolvidos com o apoio de 22 instituições e entidades governamentais e da sociedade civil organizada com atuação comprovada na área do meio ambiente.