A equipe econômica do governo Michel Temer anunciou a disposição e aumentar impostos e criar novos tributos para aumentar o caixa do governo. A decisão chocou os industriais da FIESP que logo reclamaram do fato ao próprio Temer.
Nesta sexta-feira, 24, o presidente concordou com as reclamações dos industriais e afirmou aos próprios auxiliares que a área econômica é a culpada pelo desgaste do governo com o anúncio do rombo nas contas públicas.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, havia dito em entrevista nesta 5ª feira (23.mar.2017) que parte do rombo de R$ 58,2 bilhões no Orçamento será inevitavelmente coberto com o aumento de impostos. “Uma parte dessa diferença será cumprida com mais cortes de gastos e uma parte será aumento de impostos”, disse Meirelles.
As declarações do ministro também soaram bem no Congresso Nacional, por que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), também pressionados pelo poder econômico, logo disseram que acham praticamente impossível Câmara e Senado aceitarem qualquer tipo de aumento de impostos neste momento. Se quiser arrecadar mais, o governo terá de operar com as taxa que pode elevar por meio de portarias, como a Cide.
Pela imprensa, a Fiesp logo atacou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles: “Causa total indignação a fala do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que preanuncia aumento de impostos. A ideia é descabida e vai na contramão do momento brasileiro. A sociedade jamais aceitará iniciativas neste sentido”.
A entidade também afirmou que o pato, símbolo da campanha pelo impeachment de Dilma, estaria “de volta com toda a energia” após as declarações.