Depois de quase um mês paralisados, em defesa de um piso salarial de 60% do salário base de um delegado, os agentes e escrivães da Polícia Civil decidiram, em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (13), encerrar a greve e retornar ao trabalho, dando crédito à promessa do governo de apresentar uma contraproposta para o piso da categoria no próximo mês de agosto.
Na verdade, os policiais civis não não conseguiram avançar muito no atendimento às principais reivindicações, mas levaram em consideração, na assembleia, a promessa de anistia nos procedimentos sancionados contra o Sindicato da categoria (Sindpol), em decisões judiciais que declararam a ilegalidade e estabeleceram multa diária de R$ 70 mil por descumprimento da determinação de retorno ao trabalho, reiterada em várias decisões da Justiça.
De concreto, os policiais civis obtiveram do Governo o compromisso de implantação de todas as progressões até o mês de dezembro, e do pagamento retroativo. Para isto, o Estado também se comprometeu em reservar, mensalmente, um montante de R$ 300 mil no orçamento.
A paralisação foi iniciada no dia 18 de abril, e mostrou grande força de mobilização desde o começo. A assembleia de deflagração da greve teve a participação de mais de 500 policiais. Por três dias eles pararam o Porto de Maceió, com um acampamento impedindo o acesso ao local; acamparam na frente do palácio do governo e depois em frente á central de Flagrantes.
Nas delegacias, vários serviços ficaram parados e outros sendo executados pelos próprios delegados, durante o período da greve.