18 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Bleine Oliveira

Flores e barulho por ciclistas mortos no trânsito

Maceió tem menos de 30 km de ciclovias e ciclofaixas.

– Isso é um absurdo! – reclama o professor Antônio Facchinetti, da Associação Alagoana de Ciclismo (AAC).

Tá certo ele.

Me lembrei do governo Cícero Almeida, da ciclovia iniciada e esquecida, e das dezenas de trabalhadores que já morreram atropelados, indo ou vindo da jornada diária.

O professor Facchinetti vai mais longe e diz:

– Maceió tem menos de 5% da infraestrutura necessária para os ciclistas terem segurança no trânsito.

Para que as mortes sejam evitadas, nossa cidade precisa ter mais de 600 km de via para ciclistas.

Sonho meu, do professor Facchinetti e de todos que desejam Maceió planejada e urbanisticamente acessível.

Diante da falta de estrutura, o militante da causa constata:

– Os motoristas estão cada vez menos respeitosos com os ciclistas.

Em seguida, aponta a morte de um ciclista, atropelado em União dos Palmares.

Era muito querido e se chamava Josafá.

O acusado, diz Antônio Facchinetti, “ já tinha matado no trânsito outras duas pessoas”.

Conhecido como Sérgio Funerais, a figura está foragida. Tenta sair do flagrante.

– Não podemos ficar parados – acrescenta o presidente do Conselho Administrativo da AAC.

Ele convoca toda sociedade para uma grande mobilização por todas as mortes de ciclistas, já registradas.

A ação na noite desta terça-feira, 1º, sairá da Praça dos Ciclistas (Corredor Vera Arruda, do lado da praia), às 20h, em direção à Rua Deputado José Lages.

Por coincidência, lembra Facchinetti, é nessa rua que está havendo discórdia quanto a implantação de duas ciclofaixas.

-Vamos todos, vestidos de branco, com buquê de flores brancas e apitos, pedir paz no trânsito.

E ciclofaixas!

As boas causas merecem apoio.