19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Fora Temer foi o grito mais ouvido no Brasil durante o carnaval

Neste mês de março Temer tentará aprovar no congresso a Reforma da Previdência

Foliões de diversos estados aproveitaram o Carnaval para manifestar insatisfações com o governo de Michel Temer. Gritos de “Fora Temer” foram entoados em diversos cantos do país. Em Salvador, o vocalista Russo Passapusso, da banda BaianaSystem, puxou do trio elétrico com o grito “fascistas, machistas, não passarão”. Em seguida, o vocalista entoou “Fora” e o público completou: “Temer”.

Os foliões continuaram a manifestação por alguns minutos, repetindo a frase. O Conselho Municipal do Carnaval reagiu de forma negativa. O órgão alegou que o Código de Ética da entidade não permite protestos políticos ou partidários em cima do trio. A Bahia é governada pelo governador Rui Costa (PT), e Salvador é administrada pelo prefeito ACM Neto (DEM). Ainda na capital baiana, o público também se manifestou em show de Caetano Veloso.

As manifestações se disseminaram por outros estados. Durante uma apresentação em Recife, o cantor Lenine também puxou o coro contra o presidente e foi respondido pelo público que o acompanhava. No Rio de Janeiro e em São Paulo, milhares de pessoas saíram às ruas com faixas, máscaras ou alguma caracterização em protesto contra o peemedebista. Em Belo Horizonte, faixas, abadás, camisas e adesivos estampavam o “Fora Temer”.

De acordo com levantamento da MDA Pesquisas divulgado no último dia 15, apenas 10,3% dos brasileiros aprovam o atual governo. Em outubro, o índice dos que consideravam ótima ou boa a gestão dele era de 14,6%. De lá para cá, cresceu, por outro lado, o percentual dos que consideram a administração federal ruim ou péssima – de 36,7% para 44,1%. Já os que julgam regular o atual governo passaram de 36,1% para 38,9%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o índice de confiança, de 95%. Ao todo, a MDA ouviu 2.002 pessoas de 138 cidades das cinco regiões do país, entre 7 e 11 de fevereiro.

A aprovação ao desempenho pessoal do presidente também piorou: caiu de 31,7%, em outubro, para 24,4%, em fevereiro. Já a desaprovação pulou de 51,4% para 62,4%. Entre os entrevistados, 13,2% não opinaram. Passado o Carnaval, o governo deverá amargar um aumento em sua rejeição, já que tentará emplacar no Congresso Nacional, nos próximos dias seus projetos de reformas trabalhista e da previdência