29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Interior

Gecoc investiga esquema criminoso com casas populares em Murici

Prisões de servidores e buscas e apreensões revelam esquema de desvio de dinheiro público

A Operação Arca de Noé deflagrada na manhã desta terça-feira, 25 pelo  Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) no município de Murici, está focada no desvio do dinheiro público e na fraude da comercialização de casas em conjuntos habitacionais populares.

Operação Arca em Murici

Uma organização criminosa que envolve servidores públicos, corretores de imóveis e até cabos eleitorais de políticos é o alvo da investigação, que tem o suporte do Ministério Público Estadual

O “Conjunto Portelinha”, em Murici, onde foram construídas casas para contemplar moradores de barracas de lona nas proximidades do município foi, em parte, comercializado pelos criminosos, segundo dados da investigação, que resultou, até então, em três mandados de prisão temporária, três mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva.
Principais alvos da força-tarefa, Rosineide Gomes dos Santos, servidora da Secretaria de Relações Institucionais da Prefeitura de Murici; Roberto Carlos Araújo Rocha, chefe da Guarda Civil Municipal; e Ronaldo Pedro Lima, analista de Controle Interno da Secretaria de Administração do Quadro de Pessoal da Prefeitura de Murici, foram presos. Rocha foi o único detido em Maceió, já que também trabalha como agente penitenciário e estava de plantão. Todos eles serão encaminhados ao Gecoc para prestar depoimento.

“A decretação da prisão temporária revela-se imprescindível às investigações em curso, a fim de impedir que os agentes públicos investigados perturbem ou dificultem a produção de provas, orientando testemunhas, apagando vestígios do crime, destruindo documentos etc”, afirmam os promotores de Justiça Hamilton Carneiro Júnior, Carlos Davi Lopes Correia Lima e Eloá de Carvalho Melo, mais o delegado de Polícia Cayo Rodrigues Silva.

Os mandados de condução coercitiva foram para  Geraldo Anízio de Amorim, secretário de Relações Institucionais da Prefeitura de Murici; José Renato Firmino da Silva, conselheiro tutelar e assessor técnico do programa Bolsa-Família na Prefeitura; uma mulher conhecida como Adriana, que trabalha como agente comunitária pelo Município; e um homem conhecido como Evilásio.