26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Governo ainda não tem votos suficientes para a reforma da Previdência

São necessários pelo menos 308 votos favoráveis entre os 513 deputados, em dois turnos. A votação da PEC em plenário está marcada para 19 de fevereiro

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, admitiu hoje (16) que o governo ainda não tem os votos garantidos para aprovar a reforma da Previdência. “Não temos o suficiente, teremos em 19 de fevereiro”, disse. O ministro almoçou com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, a convite da entidade. O almoço contou com a participação de diretores da entidade e presidentes de associações e de sindicatos e foi mais uma oportunidade no convencimento para a aprovação da reforma da Previdência.

A proposta da reforma da Previdência aguarda análise do plenário da Câmara dos Deputados desde maio do ano passado. Como a reforma é por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição, são necessários pelo menos 308 votos favoráveis entre os 513 deputados, em dois turnos. A votação da PEC em plenário está marcada para 19 de fevereiro.

Para o ministro, o importante agora é manter o diálogo com as diversas lideranças. “O setor empresarial está perfeitamente convencido dessa necessidade [aprovação das reformas]”.

Quanto aos encontros do presidente Michel Temer com lideranças religiosas, ele disse que o governo conversa com quem queira dialogar. “Estamos conversando com lideranças de todo o país, reconhecemos o peso das lideranças evangélicas, como das lideranças religiosas, ou seja, estamos dialogando com aqueles que querem dialogar”.

Na quinta-feira (18), Marun se reúne com empresários da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte.

O presidente da Fiesp, Paulo Skap, disse que confia na aprovação da reforma da Previdência. “O que conversamos durante ao almoço foi um projeto de país. Para o Brasil é importante que aconteça a reforma da Previdência e para isso tem que haver a sensibilidade dos deputados no sentido de votarem a favor”, disse.