Se os servidores públicos federais já reclamavam do governo por conta dos indices de reajustes salariais, agora é que terão muito mais razão para fazê-lo. Dentro dos ajustes realizados pelo Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, a corda estourou do lado mais fraco. Ou seja, ele congelou os salários do pessoal até agosto do ano que vem, em nome da crise econômica.
Os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciaram cortes de R$ 26 bilhões em gastos para 2016 para reequilibrar o orçamento.
Com relação à redução dos gastos, Barbosa anunciou a suspensão dos concursos públicos no ano que vem – o que representa uma redução de gasto na ordem de R$ 1,5 bilhão, e o adiamento do reajuste dos servidores públicos de janeiro para agosto de 2016, representando uma redução de gastos na ordem de R$ 7 bilhões.
De acordo com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, o governo está propondo que o reajuste dos servidores passe a valer somente em agosto do ano que vem e não em janeiro, conforme o usual.
O problema é que o caminho encontrado pelo Planalto pode ter reflexos nas negociações salariais de servidores públicos estaduais e municipais. Com os gestores locais alegando dificuldades de administrar em meio a crise, a situação vai se complicando ainda mais, do ponto de vista dos interesses do funcionalismo.