Em entrevista coletiva na sede do Ministério Público Estadual, o promotor público Ciro Blatter, que comando as ações do Gaesf – Grupo Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos – disse nesta tarde de segunda-feira, 26, que testas de ferro e laranjas eram utilizados na fraude que sonegou mais de R$ 120 milhões.
Segundo ele, a operação “Polhastro” desmontou um grande esquema criminoso representado por um conglomerado de empresas chefiado pela Grife do Frango, totalizando 20 empresas de fachadas e 45 sócios, sendo 40 laranjas e empregados admitidos como sócios.
Das 20 empresas envolvidas, 19 foram vinculadas ao Simples Nacional para burlarem a fiscalização com movimentações de R$ 3,6 milhões ao ano. Juntas as empresas faturaram em torno de R$ 120 milhões de 2007 a 2011.
Foram presas preventivamente seis pessoas e oito buscas e apreensões foram feitas. Cerca de 20 pessoas foram conduzidas coercitivamente para saber a extensão da fraude praticada pela organização criminosa.
A investigação se estende, segundo o promotor, pelo interior do Estado, com foto direto na cidade de Arapiraca onde os levantamentos feitos até agora indicam que o município do Agreste representa um grande centro de sonegação desse caso.
Dois presos tinham armas em casa e um deles com munição de fuzil. Os crimes são investigados em várias vertentes pelo Gaesp e Secretaria de Fazenda e Polícia Civil. A operação bloqueou bens e apreendeu cinco veículos.
O caso remete a lavagem de dinheiro e fraude contra o bem público