19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Grupo de evangélicos faz protesto contra permanência de Eduardo Cunha na Câmara

Segundo os evangélicos, Cunha “se identifica como evangélico” e não está à altura do cargo que ocupa.

Um grupo de evangélicos de diversos municípios brasileiros emitiu nota em que repudia as ações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e pede sua “imediata saída” do cargo de comando.

Cunha: contas bloqueadas.
Cunha: na berlinda

A manifestação ocorre no dia em que o Conselho de Ética da Casa concedeu a Cunha dez dias para apresentar defesa. Denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção desvendado pela Operação Lava Jato, Cunha é acusado, entre outras coisas, de mentir à CPI da Petrobras ao dizer que nunca teve contas bancárias na Suíça, quando investigadores provaram o contrário.

Segundo os evangélicos, Cunha “se identifica como evangélico” e não está à altura do cargo que ocupa, segundo na linha sucessória da Presidência da República.

“As denúncias de corrupção e o envio de recursos públicos para contas no exterior inviabilizam a permanência do deputado Eduardo Cunha no cargo que ocupa, uma vez que não há coerência e base ética necessária a uma pessoa com responsabilidade pública”, protestam os religiosos, entre eles o bispo primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Dom Francisco de Assis da Silva, e da bispa da Região Missionária do Nordeste (Igreja Metodista), Marisa Coutinho.

A nota foi elaborada por ocasião da Semana da Reforma Protestante, que chega aos 498 anos em 2015. Até a publicação deste texto, 771 pessoas haviam abaixo-assinado do manifesto religioso contra Cunha.