O total de impostos, taxas e contribuições pagos no país desde o primeiro dia do ano atingiu pela primeira vez a marca de R$ 2 trilhões, às 11h desta quarta-feira (30). O montante é destinado à União, aos estados e aos municípios. As informações são do siteimpostometro.com.br.
Nesta terça-feira (29), o presidente do Conselho Superior e coordenador de estudos do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT, Gilberto Luiz do Amaral afirmava, em palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP):
“Nosso grande desafio agora é que o Impostômetro seja um instrumento para exigir os seus direitos”, declarou o tributarista.
Já Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), vai mais longe:
“Se fossem mais bem-aplicados, R$ 2 trilhões em tributos pagos pelas empresas e cidadãos seriam mais do que suficientes para atender às necessidades de todos os brasileiros”, explicou Burti.
“É imprescindível uma reforma tributária no Brasil, que só poderá ser feita se houver solução satisfatória para a crise política, na urgência que o País requer”, acrescentou o presidente da Facesp.
Um estudo encomendado pela ACSP ao Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostra que, com o Brasil fechando o ano de 2015 com arrecadação nominal superior a R$ 2 trilhões, há um crescimento nominal de 2,8% em relação a 2014, quando foi arrecadado R$ 1,95 trilhão.
Pesos –Chega a 65,95% o peso dos tributos federais na arrecadação de R$ 2 trilhões. Já os estaduais significam a 28,47%, ficando os municipais em 5,58%
O tributo de maior arrecadação, individualmente, é o ICMS (19,96% do total), seguido do INSS (19,18%), do Imposto de Renda, com 15,62%, e Cofins (10,13%).
Década – O Impostômetro fez 10 anos em 2015. está instalado na sede da associação, na Rua Boa Vista, região central da capital paulista. Seu objetivo é conscientizar o cidadão sobre a alta carga tributária e incentivá-lo a cobrar os governos por serviços públicos de qualidade.
O portal www.impostometro.com.br possibilita descobrir o que dá para os governos fazerem com todo o dinheiro arrecadado. Por exemplo, quantas cestas básicas é possível fornecer, quantos postos de saúde é possível construir. Também é possível levantar os valores que as populações de cada estado e município brasileiro pagaram em tributos.
Ainda de acordo com o estudo do IBTP, com R$ 2 trilhões seria possível construir mais de 90 milhões de casas populares de 40 m², fornecer medicamentos para a população brasileira por mais de 800 meses, pagar mais de 2,6 bilhões de salários mínimos, construir mais de 20 milhões de km de redes de esgoto, mais de 1,8 milhão de km asfaltados de estradas ou mais de 7 milhões de postos de saúde equipados.
Também se poderia comprar mais de 9 trilhões de cestas básicas, contratar mais de 160 milhões de professores do ensino fundamental por ano, fornecer cestas básicas para toda a população brasileira por 42 meses ou mais de 16 trilhões de Bolsas Família.
Aponta ainda o levantamento que 2 trilhões de notas de R$ 1 correspondem, empilhadas, à altura de 6.666.666 prédios de 100 andares cada um. Se cada nota fosse um litro de água, corresponderia à vazão de 112 horas das Cataratas do Iguaçu. E, com as notas, seria possível preencher a metragem quadrada de 16 cidades do tamanho de São Paulo.
Carga tributária – O tributarista Gilberto Amaral, do IBPT, destacou também o aumento da arrecadação detectado nos últimos dez anos, de R$ 650,13 bilhões, em 2004, para R$ 1.955,80 trilhões, em 2014.
“Em uma década, a carga tributária brasileira cresceu mais de 2 pontos percentuais. Em 2015, deverá ter um aumento, mesmo com a redução do Produto Interno Bruto (PIB)”, afirmou Amaral..
O Impostômetro fez 10 anos em 2015. O painel eletrônico que calcula a arrecadação em tempo real está instalado na sede da associação, na Rua Boa Vista, região central da capital paulista. Seu objetivo é conscientizar o cidadão sobre a alta carga tributária e incentivá-lo a cobrar os governos por serviços públicos de qualidade.
O portal www.impostometro.com.br possibilita descobrir o que dá para os governos fazerem com todo o dinheiro arrecadado. Por exemplo, quantas cestas básicas é possível fornecer, quantos postos de saúde é possível construir. Também é possível levantar os valores que as populações de cada estado e município brasileiro pagaram em tributos.