27 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Cotidiano

Infestada por insetos, fábrica de laticínio é interditada no Sertão

Recipientes de leite, queijo, manteiga e toda a produção do estabelecimento foi apreendida; Proprietário vai responder por crimes contra a saúde pública e ambiental

Interdição aconteceu na manhã desta segunda, dia 18. (Crédito: Ascom MPE/AL
Interdição aconteceu na manhã desta segunda, dia 18. (Crédito: Ascom MPE/AL

A Fiscalização Preventiva Integrada do Rio São Francisco (FPI São Francisco) interditou a fábrica Laticínio Sertão, localizada no município de Monteirópolis, após constatar várias irregularidades contra a saúde pública e ambiental. Entregue, literalmente, as moscas, o estabelecimento pertence ao empresário Carlos Alberto Bezerra de Barros, que foi encaminhado para à delegacia de Batalha.

O local funcionava de forma ilegal, sem nenhum controle sanitário e com os produtos infestados de insetos. Recipientes de leite, queijo, manteiga e toda a produção do estabelecimento foi apreendida. No total, foram 425 quilos de queijo tipo mussarela, 52 quilos de queijo tipo coalho e 320 quilos de massa para preparo de diferentes queijos. Tudo será incinerado.

A médica veterinária do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Mariana Macedo, alertar a população sobre os riscos à saúde pública que o estabelecimento está causando. “Queijos feitos assim, sem qualquer procedência, podem transmitir várias doenças, já que não se pode garantir a origem sadia desses animais. Dentre as enfermidades mais graves, estão a tuberculose e a brucelose, que podem até matar”, disse.

foto 3Pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), a empresa foi punida de forma dupla. De acordo com os fiscais agropecuários presentes à operação, o comércio estava funcionando sem o devido registro no órgão sanitário competente e utilizava um selo falso de inspeção.

Ausência de médico veterinário

Outro agravante foi dito: O proprietário Carlos Alberto Bezerra de Barros também foi autuado por desobedecer a lei federal n° 5.517/68, que diz que é grave infração produzir produtos de origem animal sem o registro nos órgãos sanitários. Além disso, a fábrica funciona sem um médico veterinário.

A ação é idealizada pelo Ministério Público Estadual de Alagoas e mais 22 órgãos, que continuam realizando a operação até o dia 29 de maio.