Líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT) não confirma que está prestes a mudar de partido, mas deixa claro sua ampla insatisfação com a legenda pela qual se elegeu e, diga-se de passagem, nada tem a ver com a situação nacional e o momento infeliz que o Partido dos Trabalhadores vive na atualidade.
A insatisfação de Medeiros, como ele mesmo disse, é caseira. O problema está aqui. Ele parte do princípio de que o partido faz os seus e, dentro desta visão, considera que as prioridades teriam de existir nesse processo, mas o PT em Alagoas segue uma lógica diferente.
Ronaldo Medeiros observa que o deputado federal Paulão é o maior quadro do partido na atualidade e deve ser tratado como tal, pois além de ser o presidente estadual do PT é um membro do Congresso Nacional.
-Ele tem que ter o espaço dele para desenvolver o seu trabalho. – Destaca.
Mas, para Medeiros, depois de Paulão, no campo da representatividade, seria ele o segundo nome na hierarquia a ser respeitado como tal e ter os espaços naturais dentro da estrutura partidária. Mas, segundo disse, isso não tem acontecido.
A insatisfação, portanto, passa pelos espaços que o partido tem e que para ele não chegam, por que estão sendo ocupados por tendências.
Disse já ter discutido essa situação, mas a opinião dele não está sendo considerada como deveria. Medeiros não aceita que tendências minoritárias tenham mais espaços dentro do PT alagoano do que ele que é um parlamentar “e tenho feito a defesa do partido dentro da minha atuação na Assembleia Legislativa”.
Se isso vai levá-lo a deixar a legenda ainda não sabe, mas que anda muito infeliz no PT é a pura verdade.
Além dele, o ex-deputado Judson Cabral também ensaia a possibilidade de ter sua vida política fora do Partido dos Trabalhadores.