26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Jornalista Carlos Miranda é homenageado com a Comenda Tobias Granja

Familiares do radialista Carlos Miranda cobraram uma maior atenção na melhora, por parte do poder público, do atendimento especializado, sobretudo na questão do fornecimento de medicamentos

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Comenda foi entregue pelo Pastor João Luiz e o tio do homenageado, Duarte Miranda (Foto: Ascom ALE)

Em uma emocionante sessão solene, a Assembleia Legislativa homenageou nesta sexta-feira, 4, com a Comenda Tobias Granja, o jornalista e radialista Carlos Miranda pelos relevantes serviços prestados ao jornalismo e a cultura de alagoana. A proposta foi do deputado Pastor João Luiz (DEM), cujo projeto de resolução foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares da Casa.

Ao justificar a iniciativa, o Pastor João Luiz destacou o profissionalismo e a garra de Carlos Miranda, que trava uma luta contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa sem tratamento definitivo. “Sinto-me honrado em homenagear Carlos Miranda, um dos maiores profissionais do rádio alagoano, que nesse momento enfrenta uma doença difícil, mas com muita força e com muita garra”, declarou João Luiz.

O deputado destacou as dificuldades, inclusive financeiras, enfrentadas por Carlos Miranda durante o tratamento, acrescentando que a Casa irá promover uma sessão especial, que deverá ser subscrita por ele, pelo deputado Bruno Toledo (PSDB) e pela deputada Jó Pereira (DEM), para discutir políticas públicas voltadas para portadores de doenças raras, a exemplo da ELA.

“Homenagens como essas são muito importantes, principalmente pra ele (Miranda), que fica muito feliz ao ser lembrado. É importante que Alagoas tenha noção do quanto esse Estado representa para ele, pois essa doença é incapacitante fisicamente, pois mentalmente ele está totalmente lúcido”, declarou Kenya Miranda, esposa do radialista.

Durante a solenidade, familiares do radialista Carlos Miranda cobraram uma maior atenção por parte do poder público para essa parcela da população que necessita de atendimento especializado, sobretudo na questão do fornecimento de medicamentos. “Medicação essa que o Estado tem por obrigação de fornecer, e é muito triste quando a gente chega para pegar um remédio – de uso contínuo – e ouvir como resposta: Não temos e não sabemos quando teremos essa medicação”, criticou. “Remédios que na maioria das vezes são muito caros, que quando interrompida a administração agravam determinados sintomas da doença”, destacou Duarte Miranda, tio do homenageado.

“Meu marido deveria estar recebendo os medicamentos pela Farmex (Farmácia de Medicamentos Excepcionais), mas não está. De fevereiro pra cá só conseguimos pegar duas vezes, a primeira vez recebemos medicamentos vencidos, e a segunda vez em junho”, informou Kenya Miranda, que está conseguindo a medicação, que custa em torno de R$ 1.300,00 a caixa, através da colaboração de amigos.