O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (7) cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, de 7% para 6,75% ao ano – o cheque especial continua em torno de 300% ao ano.
Esse foi o 11º corte seguido da Selic, que segue em seu menor nível na história, desde que o Copom foi criado em 1996.
A primeira decisão sobre juros no ano foi unânime e veio dentro do esperado pelo mercado. Na ata da última reunião, em dezembro, o BC havia sinalizado que poderia reduzir a Selic desta vez.
Consumidor
A Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros e para remunerar investimentos corrigidos por ela. Ela não representa exatamente os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.
Segundo os últimos dados divulgados pelo BC, a taxa de juros do cheque especial em dezembro era de 323% ao ano. Os juros do rotativo do cartão de crédito eram de 334,6% ao ano, em média
Enquanto a Selic agora é de 6,75% ano ano, o cheque especial, por exemplo, continuará cobrando cerca de 300% ao ano (12% ao mês).
A Selic é responsável por 20% do custo do dinheiro no Brasil. Os 80% restantes são decorrência de falta de competição, lucro dos bancos, calotes, ausência de informações sobre os bons pagadores e impostos.