Aos gritos de “ladrão” e “safado”, o ex-ministro do Turismo de Michel Temer, Eduardo Henrique Alves (PMDB-RN), foi conduzido à prisão pela Policia Federal. Os gritos foram dados pelos populares que acompanharam a ação da polícia.
O peemedebista é alvo de dois mandados de prisão preventiva (por tempo indeterminado). As ordens são de juízes federais de 1ª instância em Brasília e no Rio Grande do Norte.
Henrique Alves foi ministro do Turismo do governo Temer, de quem é amigo pessoal e um de seus principais interlocutores. Ele deixou o cargo ao ser envolvido na Operação Lava Jato pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que o acusou em delação premiada de receber propina. Na ocasião, Temer divulgou uma carta na qual chama Alves de “amigo” e elogia a parceria de “décadas” entre os dois.
Presidente – Com a prisão de hoje, o Brasil passa a ter dois ex-presidentes da Câmara presos. Além de Henrique Alves, já está detido Eduardo Cunha. Ambos são filiados ao PMDB. Também já esteve preso em anos recentes outro ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha, do PT, que havia sido condenado por causa do mensalão.
Batizada de Manus, a operação da Federak diz respeito a um sobrepreço de R$ 77 milhões em obras da Arena das Dunas, reformada para a Copa do Mundo de 2014. Decorre de provas levantadas pela Lava Jato.
A investigação aponta que Henrique Alves e Eduardo Cunha receberam propina na forma de doação oficial. Os repasses teriam sido feitos de 2012 a 2014. Em troca, eles favoreciam empreiteiras envolvidas em obras do estádio, conforme a PF.
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