As gestões tucanas do PSDB agora passam a entrar na mira da Procuradoria-Geral da República e da força-tarefa da Lava Jato. Os procuradores estão querendo que a empreiteira Andrade Gutierrez inclua novos delatores nos acordos de colaboração premiada e leniência (espécie de delação da pessoa jurídica), que tenham informações sobre a cidade Administrativa de Minas Gerais, construída no governo Aécio Neves, as obras do Rodoanel, do governo Geraldo Alckmin, em São Paulo, além de Furnas, entre outros empreendimentos de energia comandados pelo líderes do partido.
As informações da procuradoria indicam que só a chamada Cidade Administrativa, projetada por Oscar Niemeyer custou mais de R$ 1,2 bilhão e há investigação de da própria PGR sobre uma série de irregularidades e desvios de recursos. Já no caso Rodoanel e nos empreendimentos de energia os valores são astronômicos.
A empresa mineira contratou uma auditoria externa para levantar informações sobre esses temas. Personagens como Sérgio Andrade, um dos donos da empreiteira, também serão procurados pelos investigadores. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, ele apareceu em relatos feitos aos procuradores como um dos envolvidos em negociação de propina pagas pela empresa.
Ainda não está claro em que posição Andrade pode vir a ser chamado para colaborar, mas, se passar a integrar o acordo, será o primeiro sócio da empresa mineira a se tornar delator. Até o momento, o colaborador de mais alto calibre é Otávio Azevedo, ex-presidente do grupo.
Alguns escarlates vociferavam esbaforidos que havia seletividade e só perseguiam o inocente “partido” da estrelinha que nunca brilhou, mas como ludibriou! Ou não?
Abr
*JG