A corrupção no seio do governo brasileiro, antes, durante e depois dos governos petistas, chocou o mais alto representante da ONU para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, que manifestou sua opinião sobre o caso brasileiro em pronunciamento na organização internacional, dizendo da ameaça que vive a democracia no Brasil.
Ele foi duro e disse que a corrupção aqui, assim como em Honduras, está enraizada em todos os níveis de governo, “muitas vezes ligados ao crime organizado e tráfico de drogas”.
O Brasil foi citado em um conjunto de 40 países onde a corrupção abre seus tentáculos poderosos dentro das instituições. A fala do representante da ONU ecoou como uma trombeta inconveniente aos ouvidos sensíveis do governo e dos próprios brasileiros silentes diante do desandar do País.
Isso por que a corrupção segue e, quase sempre, mora ao lado. A conveniência política da elite brasileira é quem determina hoje em dia como e quando se manifestar contra esse estado de putrefação nos poderes.
Atualmente, com seus “movimentos” inseridos na estrutura planaltina de poder, não há razão para barulho contra a corrupção. Há conluio. Assim como aconteceu anteriormente com o movimento sindical que, praticamente, foi morar dentro dos governos de Lula e Dilma, dando-lhes sustentação em nome das conquistas sociais.
Enfim, tudo representa interesses. E até a triste intolerância dos segmentos e “movimentos” faz parte dessa horda.
E os interesses são tantos que nem a arte escapa. Foi a intolerância, enfim, que pegou uma exposição para Cristo e criou o maior chabu com uma mostra patrocinada pelo Santander, em São Paulo.
Agora o que estava lá em exposição não é nada diferente do que nossa elite está acostumada a aplaudir nos museus da Europa.
Enquanto isso, Temer, Moreira Franco e Eliseu Padilha são peças de um novo inquérito da PF por terem recebido propina de R$ 31 milhões.
Para isso, mandam os interesses: silêncio sepulcral.