O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), manobrou, e os deputados aprovaram novo requerimento de urgência para acelerar a tramitação da reforma trabalhista.
Nesta 3ª feira, a tentativa de apreciar o projeto de maneira mais rápida foi derrotada por 27 votos. Cerca de 24 horas depois, requerimento similar foi aceito com 287 votos favoráveis, 144 contra e nenhuma abstenção.
Com isso, haverá mudanças nos prazos previstos. Deputados da comissão especial que analisa a reforma terão até as 18h de 2ª feira (24.abr) para apresentar emendas ao texto de Marinho. Até o momento, foram 200 sugestões.
A votação foi encerrada sob protesto de opositores. Eles compararam Rodrigo Maia a Eduardo Cunha, ex-presidente da Casa. Em 2015, Cunha colocou em votação dispositivo que baixa a maioridade penal para 16 anos 1 dia após o mesmo texto ser rejeitado. O então deputado conseguiu a aprovação, mas a matéria não avançou fora da Câmara.
Os deputados contrários acusaram um “golpe” de Maia. Seguraram cartazes que diziam “método Cunha, não”.