O deputado federal Marx Beltrão (PMDB-AL) denunciou na noite nesta terça-feira, 1º de março, na tribuna da Câmara, em Brasilia, o contrato da Prefeitura de Maceió, de quase R$ 10 milhões, para a instalação dos pardais na cidade. O parlamentar pediu na oportunidade que o Ministério Público Estadual investigue o caso.
Beltrão disse que vai requerer por a investigação por escrito do Ministério Público por que, segundo afirmou, o contrato firmado pela prefeitura com o Consórcio Aracaju “é, no mínimo, suspeito”.
O deputado se manifestou indignado com a atitude dos gestores municipais, os quais, disse, estavam achando pouco o arrocho tributário imposto ao contribuinte maceioense, com aumentos de IPTU, ISS e todas as demais taxas de serviços do município, ainda expandiu a sanha arrecadadora com os pardais, penalizando a sociedade e ainda se vangloriando que o alagoano tem que sentir no bolso.
Ainda de acordo com o parlamentar o contrato foi feito sem licitação, uma vez que a adesão ao registro de ata de preços não é um certame licitatório e, em um município que se diz em dificuldades financeiras, adquirir pardais por 10 milhões não poderia jamais dispensar o processo de licitação e aderir a uma ata. “É no mínimo suspeito”, declarou.
O caso – A Prefeitura de Maceió aderiu a uma ata de preços da Prefeitura de Aracaju para gastar quase R$ 10 milhões na instalação dos pardais em Maceió. Lá, na capital sergipana, a indústria da multa foi denunciada devido a casos de corrupção e a Prefeitura anulou a licitação.
Mas, a indústria da multa no País e, em capitais nordestinas, como Fortaleza, João Pessoa e Aracaju foi alvo de inúmeras denuncias na imprensa e todas devidmente comprovadas. No entanto, foi o programa Fantástico da TV Globo que trouxe ao País a verdadeira face da “máfia das multas” com uma reportagem de 17 minutos sobre essa indústria. Veja o link:
Fantástico – Máfia das multas e lombadas eletrônicas fatura …
Fantástico – Máfia das multas e lombadas eletrônicas fatura R$ 2 bi por
Na reportagem do Fantástico foi denunciado que uma verdadeira máfia foi constituída com um pool de empresas que faturam anualmente R$ 2 bilhões em todo o País. O dinheiro, segundo a TV Globo, paga propinas a servidores públicos e campanhas eleitorais nas prefeituras municipais.