25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Justiça

Ministério Público quer prefeito da Campo Grande de volta a cadeia

MPE entrou com um agravo no Tribunal para devolver prefeito à prisão

Se depender do Ministério Público Estadual(MPE/AL), o prefeito de Campo Grande Arnaldo Higino Lessa (PRB) deverá voltar para o presídio Baldomero Cavalcante, de onde foi solto no final do ano passado por decisão da justuça.

O MPE/AL interpôs agravo interno contra a decisão monocrática do desembargador Celyrio Adamastor Tenório Accioly que, no último dia 26 de dezembro, concedeu habeas corpus preventivo ao prefeito de Campo Grande, Arnaldo Higino Lessa.

O recurso do Ministério Público foi levado à Justiça no último dia 10 e agora aguarda a análise do próprio desembargador Celyrio Adamastor. O documento foi assinado pelo procurador de justiça Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, que estava na função de procurador-geral substituto, e pelo promotor de justiça Luciano Romero da Matta.

Prefeito Arnaldo, de Campo Grande, foi preso em flagrante.

O Ministério Público fez uma síntese das denúncias que pesam contra o prefeito e sustentou a acusação de que há indícios que apontam Arnaldo Higino como habitual praticante de atos que causam prejuízos à administração pública de Campo Grande. No documento, o procurador de justiça Márcio Roberto Tenório destacou ainda que, ao ser liberado, o prefeito suspendeu o pagamento do 13º salário dos servidores municipais.

Arnaldo Higino Lessa é acusado de ter cometido atos de corrupção ao cobrar propina de uma empresa que supostamente prestava serviços para o município administrado por ele. Até o momento, o prejuízo aos cofres públicos daquela cidade chega a meio milhão de reais.

 

 

Flagrante – Higino Lessa (PRB) foi preso em flagrante no dia 24 de novembro, no momento em que recebia dinheiro de um empresário, que supostamente vendia mercadoria para a prefeitura da cidade e estava sendo alvo de chantagem por parte do gestor público.

O gestor municipal começou a ser investigado após o Ministério Público apurar denúncia do desvio de recursos públicos e benefícios que chegavam em notas fiscais frias. Durante a investigação foram obtidas provas que apontam para o desvio de pelo menos R$ 500 mil.