18 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Ministro Barroso, do STF, suspende a lei das teles sancionada por Temer

A lei foi aprovada pelo Senado em 31 de janeiro

O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso concedeu uma liminar (decisão provisória) neste sábado (4.fev.2017) que devolve o projeto que altera a Lei Geral das Telecomunicações ao Senado.

Ministro Luis Barroso

Com a determinação, o texto só poderá ser enviado para sanção do presidente Michel Temer após julgamento de 1 mandado de segurança apresentado por senadores da oposição ou após tramitar na Casa.

 

A Lei das Teles fora enviada para o Executivo em 31 de janeiro –último dia de Renan Calheiros (PMDB-AL) como presidente do Senado.

Na decisão, Barroso afirma (grifos do Poder360):

“Defiro parcialmente a medida liminar requerida, para determinar que o Projeto de Lei da Câmara nº 79, de 2016, retorne ao Senado Federal para apreciaçãoformal dos recursos interpostos pelos Senadores impetrantes e para que não seja novamente remetido à sanção presidencial até o julgamento final deste mandado de segurança ou ulterior decisão do Relator do feito após o recebimento da decisão da autoridade impetrada sobre os recursos interpostos.”

POLÊMICA – A Lei das Teles tem uma grande polêmica. O patrimônio físico (prédios, linhas, postes etc.) passará a empresas privadas. A oposição acusa Michel Temer de entregar R$ 100 bilhões de ativos.

O governo diz que o valor seria de R$ 20 bilhões –e as concessionárias ficam obrigadas a investir esse valor em melhorias na rede. As teles são concessões, com obrigações como universalização dos serviços.

A política de tarifação é controlada. A nova proposta permite que as empresas passem a ser outorgas. Isso implica na flexibilização das exigências atuais.

CONTROLE DA OI -A nova lei torna mais atraente a Oi. A companhia está em processo de recuperação judicial, com dívidas de mais de R$ 65 bilhões com credores e outros R$ 20 bilhões em débitos com a Anatel. Dos quais R$ 12 bilhões já estão em execução judicial.

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