25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Cotidiano

Ministro diz que reforma agrária nas terras de João Lyra é prioridade

Patrus Ananias disse que a União vai desapropriar as terras das usinas de Guaxuma, Uruba e Laginha.

Ministro se reune com Paulão e movimento sociais.
Ministro se reune com Paulão e movimento sociais.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, afirmou nesta terça-feira, 1, em Brasília, que a reforma agrária em propriedades da massa falida do Grupo João  Lyra, em Alagoas, terá prioridade.

O assunto foi discutido durante reunião com o deputado Paulão (PT/AL), a superintendente do Incra/Alagoas, Lenilda Lima, e representantes de oito movimentos agrários do Estado.

O ministro deu aval para que a equipe jurídica do MDA proceda estudos com vistas ao acerto de contas entre os débitos milionários que o grupo  possui junto à  União e possíveis valores que seriam compensados pelas desapropriação de  terras das usinas de Guaxuma, Uruba e Laginha, ocupadas por trabalhadores rurais.

“Já existe experiência de desapropriação com  esse tipo de encontro de contas. Neste caso de Alagoas, a maior dificuldade seria o crédito trabalhista dos antigos empregados  dessas propriedades. Isso foge a nossa governabilidade”, avaliou Patrus Ananias. Por outro lado, o ministro disse que há vários pontos positivos para efetivar a reforma agrária, como os entendimentos dos movimentos agrários envolvidos, a articulação do deputado Paulão e o apoio do governo do Estado, que enviou para a audiência sua representante, Edenilza Lima, do Gabinete Civil.

Conforme Lenilda Lima, o trabalho do Incra  está  adiantado, inclusive já foi autorizada judicialmente a vistoria na  usina Laginha, que abrange os municípios de   Branquinha, União dos Palmares e Capela, numa área total de 16 mil hectares, avaliada judicialmente em R$ 297,5 milhões.

Também presente à reunião  no MDA, o dirigente  do MLSTJosival Oliveira, afirmou que  cinco mil famílias ocupam as três propriedades do Grupo João Lyra,  sendo que o processo de Laginha  apresenta  uma melhor evolução. Também participaram integrantes dos seguintes movimentos agrários: MST, MTL, CPT, MLT, MVT,  MUPT e Terra Livre. Eles entregaram uma pauta de reivindicações ao ministro, pedindo força-tarefa do governo federal para avançar nas desapropriações em Alagoas.