20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Ministros Padilha e Franco teriam recebido R$ 13,3 milhões em propinas

Os dois são amigos íntimos e principais ministros do presidente Michel Temer, Casa Civil (Padilha) e Secretaria Geral (Franco)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) conseguiu recuperar dados contidos no sistema Drousys da Odebrecht e elaborou relatórios nos quais diz haver provas de repasses de propina de R$ 13,3 milhões em dinheiro vivo aos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco.

Ministros de Temer, Moreira Franco e Eliseu Padilha são acusados de receber R$ 13,3 mi em propina.

Os dois são amigos íntimos e principais ministros do presidente Michel Temer. Os três despacham no Palácio do Planalto. Padilha, nos dados que estavam no Drousys, é “Fodão”, “Primo” e “Bicuira”. Moreira é o “Angorá”.

Os relatórios elaborados pela Secretaria de Pesquisa e Análise da PGR, na gestão de Rodrigo Janot, serviram para comprovação do que foi dito pelos delatores da Odebrecht.

A perícia dos dados extraídos corroborou o que os executivos disseram nos depoimentos, como informam relatórios concluídos entre maio e o último dia 8.

O Drousys era um sistema paralelo de registro de informações utilizado pelo setor de propina da empreiteira. Um modo de garantir segurança à informação. Os dados inseridos em um terminal no Brasil eram registrados em um ambiente virtual hospedado na Suécia.

Duas levas de HDs, com muitos terabytes de material, foram entregues à PGR. A gestão de Janot finalizou a perícia da primeira leva, de onde saíram as alegadas comprovações de entrega de dinheiro a Padilha e Moreira. A segunda leva ficou para análise pela gestão de Raquel Dodge.