29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Mulheres precisariam de 217 anos para ter renda igual aos homens

É o que diz pesquisa do Fórum Econômico Mundial divulgada pela Reuters

Uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial, divulgada pela agência Reuters, diz que as mulheres terão que esperar 217 anos para alcançar a mesma renda dos homens e ter o mesmo nível de representatividade nos locais de trabalho.

A pesquisa revela, portanto, o maior hiato entre gêneros em quase uma década. Os dados afirmam que as mulheres  recebem pouco mais da metade dos salários dos homens, com uma diferença de 58 por cento na renda entre os sexos.

“Em 2017 nós não deveríamos estar vendo o progresso para a paridade de gêneros ter um retrocesso”, afirmou Saadia Zahidi, chefe de educação, gênero e trabalho do Fórum. “A igualdade de gênero é um imperativo moral e econômico. Alguns países entenderam isso e agora estão colhendo os dividendos das medidas tomadas para tratar o tema”.

Mulheres no trabalho

Esse é o segundo ano seguido que a organização suíça registra a piora na desigualdade econômica, que é calculada medindo quantos homens e mulheres participam da força de trabalho, a renda recebida e o crescimento no emprego. No ano passado, o Fórum informou que as mulheres atingiriam a igualdade econômica em 170 anos, contra 118 em 2015.

Segundo o relatório, nenhum país fechou o hiato na renda recebida. De um modo geral, Islândia, Noruega, Finlândia, Ruanda e Suécia estão nas melhores posições do ranking, entre 144 países medidos pelo progresso em quatro áreas: educação, saúde, oportunidades econômicas e poder político.

Iêmen, Paquistão, Síria, Chad e Irã estão nos piores lugares.

A educação é onde há a melhor situação, onde a igualdade poderia ser atingida em 13 anos. Em relação ao poder político, seriam, necessários outros 99 anos.

“Apesar de mulheres qualificadas estarem saindo dos sistemas educacionais, a maior parte das indústrias falham na contratação, manutenção e promoção delas, perdendo uma enorme capacidade”, disse Zahidi.

O relatório estima que terminar com a diferença de renda poderia acrescentar 250 bilhões de dólares ao Produto Interno Bruto da Grã Bretanha, 1,75 trilhão aos Estados Unidos e 2,5 trilhão ao PIB da China.

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