A moda pegou na Câmara dos Deputados de tantas emoções. O novo presidente da casa, deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RN) eleito na madrugada desta quinta,-feira, 14, também chorou copiosamente, na hora da posse.
Curiosamente, há uma semana, Eduardo Cunha chorou no ato da renúncia e virou caso de estudo de psicanalistas, após os registros fotográficos denunciarem as “lágrimas de crocodillo”.
Nos dias atuais o parlamento brasileiro segue à risca o roteiro de um picadeiro com enredo genuíno: o que dá pra rir dá pra chorar.
Maia, o eleito, é filho do senador Agripino Maia, também do DEM, investigado no STF por ter recebido propinas de mais de R$ 1 milhão, em Natal, e também por envolvimento com empreiteiras investigadas na Lava Jato.
Presidente – Rodrigo Maia, o novo presidente, foi eleito, com 285 votos, numa disputa com o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que obteve 170 votos. Os dois têm relações de camaradagem com Eduardo Cunha e Michel Temer.
A posse foi imediata após a proclamação do resultado. Em seu primeiro discurso como presidente foi de agradecimento pelo apoio recebido – dos partidos, das lideranças, dos deputados, da família. “Agradeço pela disputa limpa, na política. Agradeço à minha família. É difícil falar, depois desse momento, sentado nesta cadeira”, afirmou.
“Vamos tentar governar com simplicidade, pacificar esse plenário. Tem pauta do governo, mas também tem demandas da sociedade”, complementou.
Maia presidirá a Câmara até fevereiro de 2017, completando o biênio 2015-2016, iniciado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ, que renunciou ao cargo.