29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Na Itália, Pizzolato faz greve de fome para não voltar ao Brasil onde cumpirá 12 anos de prisão

A defesa do ex-diretor do BB tentou evitar a extradição alegando que os presídios brasileiros não garantem a integridade dos presos.

O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato iniciou nesta quinta-feira , 11,  uma greve de fome para tentar evitar a extradição para o Brasil. Ele está preso na Itália e poderá voltar ao país a partir de segunda-feira (15).

Na semana passada, o Tribunal Administrativo Regional de Lazio, na Itália, autorizou a extradição de Pizzolato. Os magistrados rejeitaram recurso protocolado pela defesa do ex-diretor do BB contra decisão do governo italiano que autorizou o envio dele para o Brasil.

A defesa de Pizzolato alegou que os presídios brasileiros não têm condições de garantir a integridade física dos detentos. O advogado do brasileiro, Alessandro Sivelli, avalia a possibilidade de apresentar recurso ao Conselho de Estado, última instância da Justiça administrativa italiana.

O Ministério da Justiça divulgou nota informando que o governo italiano autorizou a extradição de Pizzolato a partir do dia 15 deste mês. “As autoridades brasileiras estarão prontas para cumprir imediatamente o processo de extradição, salvo alguma decisão que altere o prazo estabelecido”, diz a nota.

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Pizzolato na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Ele foi sentenciado a 12 anos e sete meses de prisão. Antes de ser condenado, Pizzolato, que tem cidadania italiana, fugiu para a Itália com identidade falsa, mas acabou sendo preso em fevereiro de 2014, em Maranello.

Ele deve cumprir pena no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, onde estão presos outros condenados no processo do mensalão.