Depois de uma reunião de 4 horas nesta segunda-feira, 10, à noite, em São Paulo, os caciques tucanos decidiram não decidir nada sobre o governo Michel Temer.
A reunião foi convocada pelo governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), mas os dirigentes partidários, para não fugir à regra se mantiveram em cima do muro e com os 4 ministérios que têm no governo que teve o presidente da República denunciado por corrupção, em pleno exercício do cargo.
Em coletiva à imprensa, após a reunião, o presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, disse que a legenda vai aguardar o término da votação da admissibilidade da denúncia por corrupção passiva contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Ainda assim, o líder tucano destacou a revolução dentro do ninho partidário. Segundo ele, o partido está desembarcando do governo Michel Temer “independentemente” de sua vontade. “O que eu tenho dito não é consenso, mas o que tenho visto é que o partido está desembarcando independentemente do meu controle e da minha vontade”.
Já o governador Geraldo Alckmin reuniu os líderes para firmar um pacto de não agressão entre a ala que quer o desembarque imediato da base e o grupo que trabalha pela permanência. “Mas vai ficando claro na consciência dos líderes qual é o melhor caminho para o futuro”, disse ele, esquivando-se de dizer qual seria este melhor caminho em sua opinião.