A bomba jogada dentro do Instituto Lula, na última quinta-feira, revela a exacerbação da intolerância dominando o País, sustentada pelo clima de ódio antipetista que tem sido alimentado por grande parte da classe política e até por outra elevada parcela dos meios de comunicação.
O “caça às bruxas”, que foi iniciado com agressões verbais e banners das redes sociais, agora atinge outro estágio e passa a ter contornos de insanidade diante dos acontecimentos.
E neste caso a presidente Dilma Rousseff foi certeira quando declarou que “a intolerância é o caminho mais curto para destruir a democracia”.
O atentado, que ganhou uma avalanche de apoios nas redes sociais, pode se tornar corriqueiro se não houver um basta das autoridades.
Na democracia cabem os protestos, o direito de livre manifestação, enfim, a prática do pleno exercício da cidadania. Mas agressões desse nível a quem quer seja ou ao patrimônio alheio são atitudes extremamente perigosas e completamente desprovidas de razões.
Principalmente se o pretexto for clamar por justiça, diante da endêmica corrupção vivida neste País. Terá sido isso mesmo?