No dia em que a Polícia Federal faz uma devassa nas residências, escritórios e gabinetes do presidente da Câmara Federal e dos seus aliados mais chegados, o poderoso Eduardo Cunha (PMDB-RJ), percebe o quão impossível tem se tornado a missão de manter intacto seu telhado de vidro.
E que por mais tinhoso que seja – com sua teimosia pertinaz; por mais audacioso que seja, e por mais engenhosas que sejam as manobras que tem feito para sustar os efeitos de seus próprios atos, os estilhaços do telhado de Cunha começam a cair.
Com o mesmo C de Catilinária, com que a PF batizou a Operação deflagrada hoje, e com que o ministro Teorí Zavásck (do STF), do Supremo Tribunal Federal (STF) escreveu “Cumpra-se”, o Conselho de Ética da Câmara também carimbou (finalmente), por 11 votos a 9, um ‘C’ de continuidade ao processo que investiga o deputado, acusado de manter contas secretas no exterior e ter mentido sobre esse fato, ao depor na CPI da Petrobras.
Nesse caso, bem que a tropa de choque de Cunha tentou adiar mais uma vez ou reverter a votação no Conselho de Ética, mas não houve jeito. O articulador mó estava por demais ocupado com a PF batendo ás suas portas, desde o raiar do dia.
Sem dúvida nenhuma, este dia 15 ficará na memória de Eduardo Cunha, como o dia em que a casa começou a cair. E talvez não seja mera coincidência que a data escolhida pela Polícia Federal – que também sabe ser tinhosa – para deflagrar a Operação Catilinária tenha o mesmo número do PMDB, partido do presidente da Câmara.
Pra não esquecer…
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