A decisão judicial que ameaça leiloar os mercados do Artesanato, no bairro da Levada, e de Jaraguá, no bairro do mesmo nome, ambos em Maceió, mostra o tanto de descaso dos gestores com o patrimônio público.
Esse problema ‘explode’ agora, mas sua origem remonta ao ano 2000, quando o então governador Ronaldo Lessa decidiu extinguir secretarias e órgãos.
Na época, Lessa anunciou com estardalhaço um modelo de administração criado por um consultor cearense. Surgia, nas terras alagoanas, o ‘gênio’ do Estado moderno.
Diante do que foi proposto, Lessa extinguiu nove empresas e criou a Carhp para absorver todos os servidores dos órgãos extintos.
Embora tenha argumentado que a extinção significava redução de gastos, a proposta ‘inovadora’ do então governador não resolveu o inchaço da máquina pública.
Ou alguém é capaz de afirmar que, implantada a reforma, os serviços públicos foram modernizados, tornaram-se eficientes, capazes de atender com agilidades as necessidades da população?
Ninguém em sã consciência responde sim a esse questionamento.
O que a tal reforma trouxe foi condição para que os servidores atingidos recorressem à Justiça em busca de direitos que julgaram prejudicados.
Hoje, comerciantes dos Mercados de Jaraguá e de Artesanato correm o risco de pagar o preço da enganação, ops, digo ‘modernização’ propalada há quase duas décadas.