Relator da CPI das Próteses, que investiga uma máfia formada por médicos, empresas e advogados, o senador Humberto Costa (PT/PE) tocou numa questão ainda pouco discutida pela sociedade brasileira.
Nesta quinta-feira, 21, durante sessão que aprovou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dos envolvidos na máfia, acusados de condutas criminosas para a realização de cirurgias, o senador pernambucano disse que é preciso analisar a relação entre a indústria farmacêutica, empresas hospitalares e a classe médica.
Essa relação de fato merece atençãoe. Há quem ache natural o médico receber benesses e, em troca, indicar os produtos de determinado laboratório ou empresa a seus pacientes.
Os brindes, que vão de caneta com o nome do produto estampado, até passagens, estadias e inscrições em congressos, é comum na categoria.
Entretanto, os médicos garantem que não há motivo para constrangimento, pois não receitam sob a influência dos laboratórios.
É difícil acreditar que a indústria farmacêutica, que investe 30% do seu faturamento em marketing junto aos médicos, seja assim tão boazinha.
Ninguém se engana! O gasto que tem com essas estratégias, está embutido no preço dos medicamentos.
Ou seja, a relação médico/empresas hospitalares/laboratório está carregada de interesses.
Mas é preciso considerar que a saúde hoje é um produto de mercado, um negócio altamente rentável.
E se considerarmos as verbas do Sistema Único de Saúde (SUS), então!
Misericórdia!