Sem as empreiteiras para escoar dinheiro nas campanhas eleitorais, nem para engordar com propinas as contas bancárias de uma enxurrada de políticos com mandatos, o Congresso Nacional passou a debater mais avidamente a legalização dos jogos de azar no País. A proposta está se tornando no novo sonho de consumo da classe política brasileira.
Dentro do Senado Federal, o maior defensor da legalização dos jogos é o senador alagoano Benedito de Lira (PP), que é autor e relator do projeto na CCJ – Comissão de Constituição e Justiça – onde redigiu parecer favorável.
Se a proposta passar, caberá à Caixa Econômica Federal operar o sistema, com bingos, jogo do bicho, cassinos, além das diversas máquinas que engolem o dinheiro alheio num piscar de olhos.
O presidente da Caixa, Gilberto Ochhi, indicado por Lira para o cargo, já defendeu no Senado que o banco entre como operador no projeto, que, segundo ele, deve arrecadar R$ 20 bilhões por ano.
Sem dúvida, é dinheiro para nunca mais político nenhum perder uma eleição.
No projeto, a proposta da legalização dos jogos fala na criação de um Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública (FNDSP). Ou seja, parte do dinheiro arrecadado com os jogos iria para a segurança.
Mas, é sabido que esse fundo já existe atualmente com um saldo superior a R$ 1 bilhão no orçamento de 2017, mas que quase não foi utilizado para combater a violência nas cidades brasileiras.
Portanto, o fundo é mais uma balela no jogo de interesses de quem salta os olhos quando o assunto é dinheiro fácil.
Agora fique aí a imaginar o que vai ter de político com Offshore e Trust nos paraísos fiscais da vida, vivendo o mundo dos sonhos e sem ouvir nem ruído de tampa de panela.
Aguardem só a hora do crupiê avisar: Senhoras e senhores, façam suas apostas!