24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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O que leva a natureza humana a se deleitar com tragédia alheia?

Que papel realmente cumpren as redes sociais?

O que leva uma pessoa a se deleitar com a tragédia alheia? Que tipo de sociedade é essa que não respeita vida pessoal de ninguém e sente um prazer inusitado em promover e ridicularizar o sofrimento alheio pelos mais diversos grupos da internet?

Dois casos recentes são emblemáticos neste sentido, que revelam desmedido comportamento humano sem nenhuma preocupação com as consequências dos seus atos.redessociais

O primeiro, envolvendo a atriz Camila Pitanga que, de repente, se tornou alvo de toda a sorte de piada de mau gosto nas ditas “redes sociais”, em consequência da tragédia que viveu no rio São Francisco, quando seu colega de trabalho, Domingos Montagner, foi tragado pelas correntezas do rio e morreu afogado. Falaram de tudo sobre a cidadã, sem nenhum respeito à sua vida pessoal e muito menos à dor por ela sentida e vivida.

É como se a pessoas sentissem prazer em chocar, avacalhar a vida alheia de forma brutal, inconveniente e absolutamente desrespeitosa.

O segundo caso foi com outro ator. Alexandre Borges. Em ambiente fechado, sem o  consentimento dele, foi fotografado e filmado em momentos de intimidades. Ato contínuo,  esse banco de imagens ganha à internet por que simplesmente alguém sentiu prazer em destruir a imagem de uma pessoa pública, divulgando fotos e videos da vida intima do ator.

Longe aqui de está repreendendo quem quer seja por toda essa baixaria. Apenas questionando que prazer mórbido é esse que as  pessoas têm de destruir vidas como se tudo isso fosse o bem mais natural do mundo?

E mais ainda: que papel cumprem as redes sociais na formação da natureza humana?