O senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu propina da empreiteira Odebrecht por meio de uma conta no exterior, em Nova York. A informação faz parte da delação premiada do ex-diretor da Odebrecht Benedicto Júnior, o BJ.
Segundo BJ, que chefiou o “departamento de propina” da empreiteira, a conta em Nova York era administrada pela irmã de Aécio, a jornalista Andrea Neves.
O ex-dirigente da Odebrecht usou o termo “contrapartida” para explicar a origem da propina a Aécio. A empreiteira decidiu fazer os pagamentos, segundo BJ, após o político mineiro atender aos interesses da empreiteira em obras como a Cidade Administrativa (sede do governo mineiro em Belo Horizonte) e a hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia.
As informações são de reportagem de Renato Onofre na revista “Veja” deste sábado (1º.abr). A revista diz ter tido acesso a informações do acordo de delação premiada de Benedicto, mantido sob sigilo pelo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin.
Andrea Neves é uma das principais conselheiras de Aécio. Foi uma das coordenadoras da comunicação da campanha do irmão nas eleições de 2014. Também atuou no governo de Minas durante a gestão de Aécio (2003-2010).