25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Justiça

Operadores acreditam que Washington Luiz será afastado pelo CNJ

 

Des. João Luiz pode assumir a presidência do TJAL. Foto: Caio Loureiro - Ascom/TJAL
Des. João Luiz pode assumir a presidência do TJAL. Foto: Caio Loureiro – Ascom/TJAL

Cresce a expectativa de juízes, advogados, defensores, servidores e todos os chamados operadores do Direito, com a decisão que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai tomar em relação ao afastamento do presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas.

O magistrado será obrigado a deixar o cargo se, no próximo dia 10, o colegiado aprovar o pedido feito pela ministra Nancy Andrighi, para que o CNJ instaure Processo Administrativo Disciplinar (PAD) no TJ alagoano e afaste Washington.

Só a proposta da ministra, corregedora nacional, já  mexeu com todo o Judiciário. O pior, mesmo atônitos, as opiniões são de que o desembargador será afastado.

São grandes as chances, pois é muito difícil uma posição contrária à corregedora! O histórico de encaminhamentos desse tipo, onde o corregedor pede o afastamento de um desembargador presidente, é quase sempre acompanhada pelos demais conselheiros!” – afirmou um experiente juiz alagoano que, por razões óbvias, não quer ser identificado.

Se for afastado, Washington cai sozinho. Os demais integrantes da direção do TJ permanecem em seus cargos.

Uma nova surpresa para o vice-presidente, desembargador João Luiz Azevedo Lessa, que não chegou ao cargo para assumir a presidência.

Considerado um magistrado sério, generoso e até crédulo, o vice-presidente foi eleito numa sucessão de acasos. Não caminhou pela via política, o que torna a situação ainda mais imprevisível.

Desde que a ministra solicitou o afastamento, nada se vota, nada se produz no TJAL. A situação é muito séria, porque muitos não sabem o que fazer!