25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Orçamento impositivo e a pressão que aguarda Renan Filho neste fim de ano

De férias na Europa, governador reassume o governo no próximo dia 16

Quando voltar dia 16 de seu périplo europeu, certamente de energia e pensamentos renovados, o governador Renan Filho (PMDB) vai ter que se desdobrar para fechar o ano e planejar o que será 2017, após o processo eleitoral que não lhe favoreceu no Estado, soretudo na capital.

Mas é na negociação com o parlamento estadual que o governador vai ter mais problemas. Isso por que as pedras do tabuleiro político se mexeram além da conta e arrumação desse jogo terá um preço bem mais salgado do que já é.

Primeiro enfrentará a composição dos duodécimos dos poderes. Por mais que o caixa estadual esteja baixo, mas a pressão dos demais poderes, notadamente do Legislativo, será bem mais forte que nas negociações passadas.

Neste aspecto vai precisar de muito jogo de cintura e concessões para evitar o chamado “orçamento impositivo” que está sendo proposto pelo deputado estadual Francisco Tenório (PMN). E essa é uma amarração que gestor nenhum quer para si, pois lhe engessa nas definições de seus investimentos na administração.

Tenório, que na eleição da capital esteve do lado contrário ao governador, com a proposta do “orçamento impositivo” tende a colocar uma saia justa no chefe do Executivo. Para ele se livrar dessa história precisará derrubar o projeto dentro do plenário do parlamento, para não ter que vetá-lo.

Aí, nesse caso, é que a porca torce o rabo. Tudo que muitos parlamentares querem, em fim de ano, é uma pressão extra que possibilite uma boa negociação mais à frente. E ninguém negocia sem ceder em alguma coisa.

Aliás, demandas para negociações entre o Legislativo e o Executivo é o que não faltam. Principalmente, quando todos se preparam para uma nova campanha eleitoral.

Afinal, 2018 já vem aí.