Sacar direitos como FGTS, seguro desemprego e até salário, tem sido impossível para muitos trabalhadores que, sem cartão, não conseguem fazer qualquer operação nos terminais eletrônicos das agências bancárias, em Alagoas, e por todo País.
Enquanto isso, a greve dos bancários chega ao 30º dia nesta quarta-feira, 5.
Surgiu a perspectiva de retomada das negociações entre a Contraf, entidade de classe dos bancários, e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), entidade que representa eles, os banqueiros.
Tem nova reunião de negociação agendada para esta quarta-feira, em São Paulo.
Os bancários pedem a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real (totalizando 14,78% de reajuste), valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) e PLR de três salários mais R$ 8.317,90.
Antes do início da greve, no dia 29 de agosto, a Febraban propôs reajuste de 6,5%. Duas novas propostas foram apresentadas depois do início da paralisação, nos dias 9 e 28 de setembro, de reajuste de 7%. Todas foram rejeitadas pelos bancários, que decidiram manter a greve por tempo indeterminado.
Para ajudar no debate, é preciso lembrar que os bancos estão de boa.
O Bradesco, por exemplo, registrou lucro contábil no valor total de R$ 8,274 bilhões no primeiro semestre.
Outro ‘trem bala’ do mercado financeiro, o Itaú Unibanco registrou lucro líquido de R$ 5,518 bilhões no segundo trimestre de 2016.
É, parece que ainda não há luz no final do túnel!
Não para os trabalhadores.
Deverias, enquanto jornalista formada, informares-nos os lucros desses bancos, nesses últimos dois lustros e, também, quanto que os bancários obtiveram de aumento, para que pudéssemos traçar um paralelo; ou não?
Abr
*JG